Compartilhando idéias e emoções

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Independência ou... O Barbeiro de Sevilha

Dia lindo, sol, família, clube, confraternização, harmonia, amor. Independência ou não, isso é outra história (pra bom entendedor, meia palavra basta). À noite, Teatro Nacional. Adoro. Conhecia pouco da ópera "O Barbeiro de Sevilha": a ária mais conhecida do Figaro (divertidíssimo, por sinal), e "Una Voce Poco Fa". Esta  linda, cheio de coloraturas, um "sonho de consumo" meu. Eu achando tudo uma maravilha, atenta a tudo... ao meu lado um senhor dormindo. Será que eu sou muito bobinha, está chato e só eu não acho? Já sei. Ele está cansando, ficou tomando sol na Esplanada, olhando pro céu vendo a esquadrilha da fumaça. No intervalo de 15 minutos entre os atos, só são dois, ele acordou. Comentou algo com os amigos, olhou pra mim, fez um "oi" com a cabeça. Artista plástico, mineiro. "Estou dormindo muito!". Pois é. Deu pra perceber. Não gostou da produção. Não é aquela a sua concepção de arte. Prefere Beethoven, Mahler. É pintor. Van Gogh o inspira. Chegou a pintar cem quadros no ano do centenário da morte do pintor famoso. Um quadro por dia! Inicia-se o segundo ato e ele dorme tranquilo novamente. Mais engodos e falcatruas, final feliz, e pronto. Todos de pé, menos o pintor dorminhoco. "Tchau, boa noite". Tchau. Prazer. E foi puro prazer mesmo. De aplaudir de pé este sete de setembro.

4 comentários:

  1. Ah miga..voce sempre um poço de cultura, e isso é tão bom e gratificante, porque nada melhor conversar com alguém de gostos refinados, e que se alegra em assistir uma boa peça, eu realmente adoro também e pena que nao estou tendo oportunidades, mas muito me alegro em saber que terei companhia para o mesmo quando em momentos melhores de minha vida estive em Brasilia e for assistir a uma peça. Quanto ao seu vizinho do banco ao lado apenas nos remete ao fato que gosto é algo indiscutivel, onde nos sobra entusiasmo, nem deve causar nada em outras pessoas. Me recordo do tanto que amei a peça que assiti da Broadway quando veio ao RJ do Fantasma da Ópera, achei lindo tudo, figurino, roteiro, a trama, e no final ainda chorei. E quando olhei para o lado o ex que me acompanhou..cochilava...nem tive depois com quem dialogar e comentar aquela maravilha de peça..rs

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  2. um texto singelo, de lindo significado. uma maravilha! escreva mais!

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  3. Karla, linda, vamos ver o Fantasma da Ópera em NY e chorar acreditando que o amor existe? :)

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  4. Carlos, obrigada. Que bom que gostou. Vou tentar escrever mais sim. Sou preguiçosa pra isso...;)

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